domingo, 5 de julho de 2009
Capítulo XL
domingo, 29 de março de 2009
Capitulo XXXIX
O som estridente e cortante derramava na minha voz embargada, resquícios desafinantes do meu sentir. As notas soltas e livres que me iam acompanhando eram modestas odes cromáticas de cinzas apagadas. Nas garras afiadas do tempo incerto, a minha viola debatia-se como peixe no anzol na procura da fuga prometida. Eram simples acordes de cordas discordantes, mas ainda assim soltavam chispas da alma. As tão badaladas baladas eram inadvertidamente inadequadas ao meu momento incómodo e incolor na dor.
Decidi-me antes por causas estapafúrdias e barburdiantes e ser cantor na dor.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Capitulo XXXVIII
Capitulo XXXVII
capitulo XXXVI
domingo, 25 de janeiro de 2009
Capitulo XXXV
Capitulo XXXIV
Capitulo XXXIII
Capitulo XXXII
Capitulo XXXI
Capitulo XXX
capitulo XXIX
Capitulo XXVIII
Capitulo XXVII
Capitulo XXVI
Capitulo XXV
Capitulo XXIV
capitulo XXIII
Capitulo XXII
Capitulo XXI
Capitulo XX
Capitulo XIX
Capitulo XVIII
Capitulo XVII
Capitulo XVI
Capitulo XV
Capitulo XIV
Capitulo XIII
Pensei escrever-te. O tempo passa, mas parece nem sair do mesmo lugar encantado. Ao longe sinto teu mel no olhar doce e calmo, que tão insistentemente eu procuro à noite ao deitar. Sei que me sentes também. Nem procuro disfarçar tão pouco a minha atitude nesta busca. Sabe-me muito bem saber que estas aí. Sabe-me muito bem saber que me procuras também. A regra do jogo é não seguir regra alguma. Eu estou aqui e tu estando aí, estas aqui também. A cada segundo passado outro lhe seguirá, e nós, sempre nesta constante. O tempo é nosso amigo quando estou contigo. Mas sem ti, simplesmente não existe. Tudo é demasiado vago para ter importância. Posso ser tudo, posso ser pouco mais que nada. Vou apenas onde o vento me leva, sou apenas o que a tua presença deixar.
Capitulo XII
Era a despedida. Depois disto, o caminho tornara-se mais pastoso. Ainda sentia aquele perfume tão característico de quem parte à pressa e nem tempo teve de arrumar as ideias. Embora soubesse que se tratava apenas de um "até breve", o vazio que se instalou tinha sabor a algo mais do que isso. Pouco podia fazer. Por mais voltas que desse, só o chão as ia sentir. Tentei gritar por ti, mas já só o vento ouvia a minha voz. Tentei correr para ti, mas só correr não chegava. Mereces mais que uma humilde corrida. A uma simples palavra de distância, estarias tu, por certo. Imagina-me e imagina-te comigo. É a minha fuga para não perder terreno ao caos instalado. Quando uma estrada chega ao fim, outra começa do mesmo ponto. E um cruzamento nunca é só apenas um cruzar de caminhos, é a indecisão que nos invade.
Capitulo XI
Uma lágrima caiu.
Capitulo X
Capitulo IX
sábado, 24 de janeiro de 2009
Capitulo VIII
Capitulo VII
Capitulo VI
E se simplesmente me apetecesse escrever sobre absolutamente nada!?
Lançar arbitrariamente letras formando palavras e palavras formando frases, sem que essas frases, palavras ou letras tivessem algum significado real. Fossem apenas letras, palavras ou frases, que significassem meramente nada! Pode à partida julgar-se tarefa fácil, mas no entanto fácil é escrever com sentido, fácil é escrever essas mesmas letras, palavras ou frases, de forma entendível por quem as lê, pois é normal escrever-se dessa forma, com esse objectivo. Quer se escreva de forma mais ou menos cuidada, a lógica está em cada encadear de letras, palavras ou frases escritas e com um propósito de transmitir ideias, assuntos. Já quando se pretende escrever obedecendo apenas a uma lógica gramatical e sem a presença de fio condutor entre a escrita e algo existencial, aí acontece a dificuldade. E mais difícil se torna quanto mais letras, palavras ou frases se escrevem, pois o assunto, que já por si não existe, vai-se diluindo com esse avolumar de letras, palavras ou frases. E atendendo ao facto de não se querer perder a atenção do leitor, e amarra-lo à leitura desde a primeira letra, palavra ou frase até ao fim, a tarefa que à partida já não seria fácil, fica realmente complicada. E a apoteose ocorre quando se consegue fazer isso tudo e ainda fazer o leitor ter pensamentos tais como: "Nunca tinha visto isso por esse ponto de vista" ou " Concordo plenamente" ou ainda " De facto tem razão, agora que penso nisso, é assim de facto".
Será que consegui?
Capitulo V
Capitulo IV
Capitulo III
Estava tudo igual.
Capitulo II
Minha alma caiu.
Mil pedaços partidos, como num caos ordenado, mas ao mesmo tempo silencioso, se espalharam pelo chão. Minhas mãos trémulas nem queriam acreditar. Como foi possível? Era tamanho, o estrago. Senti um arrepio percorrer-me a alma, pois sabia que já não havia volta a dar. Estava feito. Podia correr, saltar ou até gritar, mas nada daquilo que pensasse fazer me ia fazer sentir melhor, ou pelo menos mais aliviado. A dor , embora fosse suportável, era bastante incómoda. Mas também há a plena consciência de que a roda do moinho que vai rodando ao sabor de águas tão calmas, mais cedo ou mais tarde, trará adesivos suficientes para montar o puzzle desfeito. E com mais uma dúzia de voltas, só um olhar mais atento poderá distinguir as cicatrizes cicatrizadas. É estranho, as vezes o que um simples acontecimento nos faz meditar. Mesmo a mais pequena situação pode esmurrar-nos a cara como um daqueles socos secos em cheio na cara de um "boxeur".