domingo, 1 de fevereiro de 2009

Capitulo XXXVIII


O mar calou-se.
Lavei-me e levou-me com ele. A vinda e a volta não me davam volta à cabeça nem me tiravam o sentido de orientação. O sul continuava a esconder o sol e o norte, num desnorte de marés. Fui decidido e nada me faria olhar para trás, só um torcicolo mal curado para lavar os meus pecados. O sal queimava-me as mãos e sentia o fervilhar no sangue, o sol que me lambia a pele. Remar contra a maré não faria sentido, nem sentido tinha não sentir a água sem sal. Contido ficava eu de cada vez que me cruzava contigo.
E assim fui avançando...