domingo, 25 de janeiro de 2009

Capitulo XXI


Estava lá.
Fui a testemunha principal do crime da lua no meu homicídio. Ao meu ego ledo e cego, juntei-lhe um medo doce. A sombra na qual eu me aquecia, ia e vinha consoante a fuga da maré se ia atrapalhando nos meus pés. De mãos presas com a força de um simples grão de areia, tornava-me presa fácil à tua beira. Mais eu me debatia e sob o escuro do céu, mais claro se tornava o meu destino. Badalavam sinos em êxtase e brandiam ventos cortantes a cada grito meu. Nem se tratando de masoquismo consentido, era dor que de tão suave me fizera ficar alegremente desfalecido.
O crime tinha acontecido.