domingo, 25 de janeiro de 2009

Capitulo XXV


O frio fez-se notar.
A porta anunciava aos quatro ventos, com a força de punho firme com que o vento a beijava. Na calma da noite, buliam agora dedos de uma alma inquieta na viola trazida pela chuva fria. Em redor do meu luar, o ar misturava-se numa sensualidade gélida e quase sombria fazendo-me sorrir. Via-me eu arrepiando a cada esgar temporal, mas nem assim disfarçava contentamento. Na mente periódica de saltimbancos e andarilhos meteorológicos, sinto-me em casa confortavelmente sentado no sofá das areias do tempo. Tudo indiciava quando orla matinal ganhasse corpo, o sol chegaria vestido de neve.
E o tempo estava mudado.