domingo, 25 de janeiro de 2009

Capitulo IX


E o vento acalmou.
Depois de tamanha tempestade de vento, chegou finalmente a acalmia, e com ela a estranha sensação de alma virada do avesso. A areia mal tinha acabado de assentar e já via ao fundo a luz do sol que me encadeava. As mãos tremiam-me e o frio que sentia não era tão frio assim. Era antes uma emoção inquietante acompanhada de desejos e vontades submersos em pequenas tertúlias comportamentais. Bem tentara eu perceber a razão de tamanho abalo, o epicentro de todo este rebuliço. Mas nem o vento me cantava ao ouvido, nem tu chamavas por mim. Por muito que me pusesse à escuta, só meu coração me falava de ti e na areia desenhava em letras movediças, o teu nome. E assim, a noite acabou por cair. Fechei os olhos e deixei-me ficar à tua espera.
Sentia-me bem, sentia-me parte da tua acalmia