domingo, 25 de janeiro de 2009

Capitulo XXVIII


Uma palavra não chega.
Um gesto, mesmo sendo aquele movimento perfeito, não chega. Mesmo tendo nas mãos a fogueira que me ilumina a alma, não aquece a tua. Aprendo a ler as cartas sem palavras que um dia me escreveste com os olhos e ainda assim, não te consigo entender. Nos meus trago frases feitas com sinais de fumo e sinto-me derreter. Vejo à noite promessas de cumplicidade que o tempo foi tentando apagar e sei finalmente quem és. Via-me ali tão perto, mas ao mesmo tempo longe de tudo. Agora o vento vem cantando novos rumos.
É tempo de partir.